História na Ponta da Língua
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
domingo, 21 de abril de 2013
ESCRAVIDÃO NA ÁFRICA
Mesmo já existindo o comércio de escravos, a venda massiva começou realmente no século XIV, quando a exportação para os europeus se transformou em uma grande negócio. A venda para os comerciantes europeus provocou grande perda de população africana, que desagregou inúmeras sociedades.
No período 1450 à 1600 o número de escravos eram de 409.000; em 1601 à 1700 este número pulou para 1.348.000; em 1701 à 1800 alcançou o seu apogeu escravista com 6.090.000 de escravos e em 1801 à 1900 o número caiu para 3.446.000.
No período 1450 à 1600 o número de escravos eram de 409.000; em 1601 à 1700 este número pulou para 1.348.000; em 1701 à 1800 alcançou o seu apogeu escravista com 6.090.000 de escravos e em 1801 à 1900 o número caiu para 3.446.000.
COMÉRCIO INTERCONTINENTAL
Os principais produtos do comércio africano eram sal, alimentos, peles de animais, artefatos de ferro, ouro e marfim, pimenta vermelha e escravo, eram comercializados em uma embaraçada rede de rotas comerciais.
Os berberes, que viviam no norte da africa, cruzavam o deserto do Saara para vender os seus produtos para os povos da África ocidental, caravanas percorriam mais de 2.000 quilômetros no meio do deserto.
Os povos localizados ao longo das rotas comerciais foram muito favorecidos, muitos deles tornaram-se grandes impérios como Mali e Gana. O comércio possibilitou a troca cultural entre diferentes povos do continente africano.
Apesar da grande riqueza africana, o escravismo era fundamental para a economia, principalmente no que se dizia ao comércio exterior.
REINO DO CONGO
O Reino de Congo foi fundado no século XIV, o império situava-se em grande parte da região centro-ocidental do continente africano. A população era montada por grupos de etnia banto, com destaque para os bakongos. A região do Congo-Angola foi da onde veio a maior parte dos africano que vieram para o Brasil à partir do século XVIII.
No século XV o navegador português Diogo Cão, esteve nas proximidades do Congo ele se impressionou com a variedade de mercadorias do comércio local. A principal fonte de lucro dos comerciantes congolenses eram a comercialização de tecidos, sal, metais e derivados de animais. O contado com portugueses, melhorou o comércio regional e internacional, principalmente de escravos.
No mesmo século XV, o Diogo voltou para a região e procurou fazer contado com o rei do Congo, pois lá era um local com um rico comércio de escravos. A instrução dada pelo governante português para o Diogo Cão, era para ele manter um contato amistoso com o rei do local e junto com ele foram mandados interpretes das línguas africanas. Na volta á Portugal, levaram alguns habitantes de Congo, onde lá, eles aprenderam os hábitos portugueses, nos quais repassaram para o seu povoado. Com isso a relação Congo-Portugal se fortificou.
REINO DE BENIN
O Reino de Benin se localiza a sudoeste de Ife. Desenvolveu-se nos séculos XII e XIII, onde hoje situa-se os estados nigeriano e camaronês. Os primeiros relatos escritos de Benin, foram realizado por um comerciante de escravos português no final do século XV, após um século ao realizar uma missão, os holandeses comparam Benin com a grandiosa Amstedã.
A monarquia de Benin é muito semelhante a de Ife. O primeiro monarca ou Oba de Benin foi descendente de Oduduwa. Conta a lenda que o Oduduwa se relacionou com a filha do chefe local, com quem teve um filho no pouco tempo que ficou em Benin. O seu filho chamado de Eweka foi considerado o rei pela população de Benin.
Com o governo de Eweru durante o século XV, o território de Benin se expandiu, tanto quanto o comércio com os europeus. Os principais produtos de exportação eram pimenta, marfi, tecido e escravo.
Com a exportação de escravos locais, a redução da população foi inevitável. O modo encontrado para prevenir a situação, foi proibir a exportação de escravos masculinos.
Os Obas eram os protetores de artesãos e artistas, que tinham a especialidade de esculpir bronze e cobre.
O fim do Reino de Benin aconteceu no século XIX, com o domínio inglês.
REINO DE GANA
O Reino de Gana situa-se no oeste do continente africano, na região onde atualmente se encontra os países de Mali e o sul da Maritânia. O reino começou a se desenvolver á partir do século III, tudo isso por causa do comércio que se estabeleceu entre as áreas árabes e ganeses. O ouro era a riqueza mais importante do reino.
O Reino de Gana conheceu seu desenvolvimento máximo economicamente e politicamente entre os séculos VII e XI. O reino foi dominado pelos soniques, que obrigavam os povos a pagarem impostos sobre o comércio e mercadorias e a extração de matérias preciosos. O reino entrou em decadência no século XI.
REINO DE MALI
O desenvolvimento deste império iniciou entre os séculos XIII e XVI, período no qual impôs sua hegemonia sobre a bacio do Rio Niger.
O reino de Mali expandiu-se pelo meio da anexação dos povoamentos de Tombuctu, Gao e Djenne. Hoje o reino é constituído pela atual República de Mali e algumas províncias dos atuais Senegal e Guiné.
A cidade de Tombucto ficou conhecida como ponto de encontro de poetas, intelectuais e artistas da África, assim, tornando-se um dos principais centros culturais do continente. No século XIV a queda do império iniciou-se. Por volta do ano 1550 o reino perdeu sua hegemonia ao ser derrotado pelo Império de Songai.
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